segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

MÉDIO TEJO: MAIS DIFÍCIL O ACESSO A CUIDADOS DE SAÚDE

MÉDIO TEJO: MAIS DIFÍCIL O ACESSO A CUIDADOS DE SAÚDE

NOTA DE IMPRENSA

MAIS DIFÍCIL O ACESSO A CUIDADOS DE SAÚDE

As estruturas de utentes do Médio Tejo vão reunir em Abrantes (5 de Janeiro), em Torres Novas (6 de Janeiro) e em Tomar (7 de Janeiro), com o objectivo de analisar o momento presente na prestação de cuidados de saúde e definir as iniciativas públicas e institucionais que levem a uma alteração de rumo. As conclusões destas reuniões serão divulgadas em Conferência de Imprensa a 12 de Janeiro.

Informações vindas a público e/ou transmitidas pessoalmente por utentes, autarcas e profissionais confirmam que a reorganização no CHMT, empreendida pela anterior administração, apenas contribuiu para dificultar o acesso a cuidados hospitalares e piorar a sua qualidade.

No futuro próximo, muito embora as espectativas criadas pelo novo Conselho de Administração do CHMT, perspectivam-se muitas “nuvens negras” no horizonte fruto das dificuldades de contratação de médicos e outros profissionais, o que vai implicar possíveis encerramentos de serviços quando o que deveria ser feito era reinstalar nos três hospitais a urgência, medicina interna, cirurgia e pediatria e, desenvolver as outras valências.

Os meses vão passando e, em vez das prometidas melhorias verifica-se uma progressiva deterioração do acesso e na qualidade dos serviços prestados.

Ao nível dos Cuidados de Saúde Primários (Centros de Saúde), embora tivesse havido melhorias com a instalação de algumas USF, continua a ser crónica a falta de profissionais, com especial incidência nos médicos. Cada vez são mais as localidades com unidades de saúde encerradas quer pela falta de médico quer pela irregularidade na prestação de cuidados médicos.

Deste facto resultam filas madrugadoras de utentes na esperança de uma consulta rápida no atendimento complementar, mas são cada vez mais os que procuram alternativas no sector social e no privado.

Há dias foi aberto um concurso nacional para médicos que acabaram a especialidade de medicina geral e familiar, mas apenas para UM MÉDICO para o ACES MÉDIO TEJO. Conclui-se que a grande medida governamental para dar um médico de família a cada utente, passa pela limpeza de ficheiros, pelo aumento do número de utentes por médico e por sugerir aos utentes que se desloquem a outras unidades de saúde.

Em conclusão, os responsáveis ao promover a degradação progressiva da prestação de cuidados de saúde vão arranjando justificações para posteriores encerramentos de unidades de saúde de proximidade e de serviços hospitalares.

                                                                                  A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo

Médio Tejo, 29.12.2014
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Conferência de Imprensa em ABRANTES



Comissão de Utentes dos Serviços Públicos

do Concelho de ABRANTES


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Quase 7000 cidadãos do Concelho de Abrantes

 Defendem a MATERNIDADE no Hospital de Abrantes 

 

Face às constantes informações oficiais que colocam em causa a permanência de muitos serviços hospitalares, nomeadamente a MATERNIDADE, a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Abrantes lançou um abaixo-assinado para reafirmar a necessidade de cuidados de proximidade e qualidade.

 

A publicação da Portaria 82/2014, o contínuo decréscimo de partos (muito longe dos 1500, que é o número mínimo referenciado como ideal para um serviço de qualidade), a incerteza quanto a anunciados encerramentos e a apatia das sucessivas administrações do CHMT na promoção e dinamização da Maternidade de Abrantes, leva esta Comissão a temer o seu encerramento num futuro mais ou menos próximo. Ao longo de 2014, muitas foram as declarações de diversos responsáveis (com especial destaque para o ex-Presidente do CA do CHMT) que colocaram em causa a existência da Maternidade no Médio Tejo e/ou em Abrantes. Existem, ainda, serviços no CHMT, no Hospital de Abrantes, que carecem de urgente melhoria e outros que devem regressar ou ser criados.

 

As 6895 assinaturas só foram possíveis com a colaboração de muito do comércio local, a quem agradecemos. No entanto, registe-se que não houve capacidade humana para levar a muitos locais a possibilidade de as populações darem o seu contributo na defesa da Maternidade. As assinaturas vão ser enviadas ao Ministro da Saúde e das mesmas vai ser dado conhecimento aos Grupos Parlamentares, autarcas e aos responsáveis das unidades de saúde da Região.

 

A iniciativa da Comissão de Utentes teve para já o mérito de o Ministério da Saúde vir dizer que não está decidido o encerramento da Maternidade. Também na reunião entre a CUSMT (em que estiveram elementos da CUSPCA) com o CA do CHMT não houve referência ao encerramento de qualquer serviço. Pena que o Primeiro Ministro inquirido sobre o assunto pelo “Mirante”, não tenha sido explicito quanto à manutenção da maternidade.  

 

A importância social e humana do serviço de Maternidade para o Concelho e para toda a região, merece que continuemos atentos e mobilizemos as populações em sua defesa.

 

Constata-se que a actual organização das unidades de saúde e o seu subfinanciamento têm originado uma constante e progressiva degradação da qualidade e acessibilidade aos cuidados de saúde. É tempo de mudar de política para respeitar a dignidade das pessoas e promover o progresso sócio económico da região. 

 

Mas as preocupações da Comissão e das populações não se restringem apenas aos cuidados hospitalares. Aliás, somos da opinião que sem eficiência e eficácia nos cuidados primários/(centros e extensões de saúde) gasta-se mais e os utentes ficam com menos cuidados de proximidade e qualidade.

 

A cobertura de todo o território concelhio “obriga” à existência de unidades de saúde móveis e à colocação de médicos de família nas freguesias com mais população.

 

Em breve anunciaremos iniciativas públicas para alertar os responsáveis para a exigência das populações na colocação de mais médicos de família.

 

Nota final:

Com os meios disponíveis a Comissão de Utentes vai continuar a trabalhar de forma persistente e atenta a problemas de outros serviços públicos, como as obras de manutenção da Ponte de Abrantes (onde não compreendemos que os trabalhos decorram só nos períodos em que os cidadãos e actividades económicas mais a utilizam), a distribuição postal, a reposição das valências retiradas ao Tribunal de Abrantes…

 

A Comissão de Utentes continuará a reunir regularmente podendo participar todos os que queiram para, em colaboração com outras estruturas de utentes da Região e do Distrito, informar e organizar as populações na defesa dos seus direitos.

 
                                                                      A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos
                                                   do Concelho de Abrantes
Abrantes, 10.12.2015
 


quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Poucas diferenças

Descubra as semelhanças

2014:
Passos Coelho inaugura hospital privado em Vila do Conde
Passos Coelho inaugura hospital privado em Vila do Conde
2011:
Sócrates inaugura hospital privado de Braga
Sócrates inaugura hospital de Braga, construído com PPP e entregue a gestão privada